Como abordar o Dia do Orgulho LGBTQIA+ com as crianças?

Como abordar o Dia do Orgulho LGBTQIA+ com as crianças?

 

Com naturalidade e como qualquer outro tema da vida. 

Nós não estamos mais em uma sociedade em que as questões de sexualidade são encaradas como tabu. Pelo contrário, são cada vez mais estudadas exatamente para que possamos compreender a diversidade.

Antes de abordar o Dia do Orgulho LGBTQIA+, precisamos elucidar em alguns conceitos: 

  • LGBTQIA+: abrange orientações sexuais (lésbicas, gays, bissexuais), identidades e expressões de gênero (travestis, transexuais ou transgêneros, queer, intersexuais, assexuais e outros, como panssexuais). 
  • Orientação sexual: atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos do mesmo gênero (homossexualidade), de gênero diferente (heterossexualidade) ou pelos dois gêneros (bissexualidade). As características da orientação sexual variam conforme a pessoa, motivo pelo qual existem essas três orientações sexuais preponderantes, mas não são as únicas.
  • Identidade de gênero: experiência interna e individual do gênero, que pode corresponder (cisgênero) ou não (transgêneros, travestis e transexuais) ao sexo atribuído no nascimento. Isso inclui também o senso pessoal do corpo (que pode originar, por livre escolha, mudanças na aparência ou na função corporal) e outras expressões de gênero (roupas, trejeitos e modo de falar, por exemplo).

Feita a explicação, precisamos dizer que as crianças veem com muito mais naturalidade as relações que fogem ao padrão normativo social. Afinal, elas não tiveram tanto tempo como nós para adquirir os preconceitos de gênero e sexualidade. 

Quando seu filho ou sua sobrinha se mostra surpreso(a) por ver dois homens ou duas mulheres juntas, homens “montados” como drag queens ou outra manifestação de sexualidade e gênero que não é considerada o padrão, apenas explique que nós somos diversos e múltiplos. O principal neste momento é ensiná-lo a respeitar as diferenças.

Cada um de nós se entende no mundo de determinada maneira. Cada um de nós apresenta características próprias, que podem ser relativas a gênero, cor da pele ou alguma deficiência. Na prática, então, não existe um padrão objetivo, somente um padrão social.

E não há idade certa para falar de LGBTQIA+ com as crianças, ok? O assunto aparecerá naturalmente, seja porque uma delas conviveu com as duas mães da coleguinha na escola ou porque viu dois homens de mãos dadas na rua.

Compreender as diferenças tornará a criança mais inclusiva. Como consequência, ela contribuirá, a longo prazo, para a humanização dessa comunidade, com a redução da violência e do preconceito.

Uma cartilha da ONG Stonewall, do Reino Unido, tem inclusive uma campanha para incentivar a discussão sobre o movimento LGBTQIA+ em escolas primárias a partir dos 5 anos de idade. 

Ela traz sugestões específicas conforme a idade das crianças, com orientações para os professores para que tudo seja tratado de forma lúdica e natural. E não. Isso não é ideologia de gênero, que é algo inexistente, como já explicou o Dr. Drauzio Varella e os diversos estudos sobre identidade de gênero. Isso é ensinar a inclusão e a diversidade existente entre nós.

Se papais e mamães não estão preparados para essa conversa por razão de crença pessoal ou religiosa, apenas transmita amor à criança para que ela saiba que é amada, independentemente de sexualidade ou identidade de gênero.

Outra opção para essa situação é falar sobre valores universais, acolhendo a criança para que ela se assuma exatamente como é. Sabe aquele garoto que não gosta de futebol? Ele também sofre por isso, porque não “performa” algo atribuído ao gênero masculino.

Por fim, deixo aqui outras dicas para abordar o Dia do Orgulho LGBTQIA+:

  • Explique para a criança que não é possível identificar corretamente a identidade de gênero de uma pessoa somente olhando para ela, pois meninos e meninas devem se vestir da maneira como se sentem confortáveis, inclusive quanto às cores e aos acessórios; 
  • Converse naturalmente sobre o assunto quando ele surgir, o que ocorrerá em algum momento, e deixe as “portas abertas” para falar do tema sempre que a criança sentir necessidade;
  • Tente parecer confortável na frente das crianças (ainda que seja difícil) ao tratar do tema, porque ele pode puxar perguntas sobre sexo, genitálias e julgamentos sobre a aparência;
  • Esteja pronto para falar sobre o tema e mantenha-se de coração aberto para ouvir sem julgamento, dando maior segurança à criança.

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