Vamos falar sobre inclusão com as crianças?

 

Vamos falar sobre inclusão com as crianças?

 

Você já parou para pensar como seu filho enxerga outra criança portadora de alguma deficiência? Ou se ele pensa o motivo de a cor da pele do coleguinha ser mais escura, mais clara ou toda pintadinha? O que dizer daquele amiguinho que se parece com o Papa-Capim, personagem indígena da Turma da Mônica?

Isso pode nos parecer banal, mas nós somos adultos, meus amigos. Nessa estrada, aprendemos muita coisa sobre a inclusão - ou deveríamos ter aprendido. Nossas crianças não. Elas ainda estão em desenvolvimento e precisam absorver essas informações. Por isso, nosso papo de hoje é sobre a educação das crianças quanto à inclusão social.

O primeiro ponto que nós devemos questionar é de quem é a responsabilidade sobre essa educação. E, já de cara, aviso a você: é de todos nós. Escola, pais, sociedade, governo. Se um desse atores sociais foge de cena, temos uma lacuna na educação. E é o que, infelizmente, acontece. A inclusão social é um assunto muito abrangente e, por isso, pode provocar muita polêmica. Principalmente quando se trata de uma sociedade conservadora e repleta de preconceitos, como no Brasil. Por isso, muitos se esquivam de falar sobre inclusão com as crianças.

O que vemos de mais comum é a inclusão escolar quanto às crianças portadoras de necessidades especiais. Quando falamos desse aspecto da inclusão, é quase impossível achar alguém que seja contrário à ideia. Para firmar nosso ponto, o tema é até objeto de lei no país. Resumindo: as escolas são orientadas por lei a adotarem políticas de inclusão dessas crianças, tornando o ambiente mais amigável e acolhedor para todas. É tratar os diferentes na medida de sua diferença, como forma de promover a igualdade. Nós temos inúmeras leis que tratam de acessibilidade e temas afetos a esse público. Ainda bem. Já é um avanço e que bom que elas existem.

Mas cá entre nós, o buraco é mais embaixo. Inclusão social não diz respeito somente à inclusão dos portadores de deficiência e necessidades especiais. Posso tocar na ferida? Inclusão social combate diretamente o machismo, o racismo, a LGBTQfobia e todas as formas de preconceito. Então, aqui vai uma dica sincera: comece uma auto-análise para saber como você se comporta diante desses temas. O primeiro passo para falar de inclusão com as crianças é ver qual exemplo damos a elas. Lembre que elas estão de olho em nossos movimentos. Mas como o papo não é sobre nós, vamos às crianças.

Faça uma análise bem superficial das pessoas com quem seu pequeno convive na escolinha e em outras atividades. Elas possuem alguma deficiência? Quantas são negras, pardas, indígenas ou pertencem a outra nacionalidade? Existem crianças que não atendem aos estereótipos padrões de gênero? Certamente você respondeu sim para uma dessas questões. Mas sua criança já questionou você por que aquele coleguinha tem o nariz largo ou o olho puxado? Possivelmente. E esse questionamento vem sem qualquer maldade. No fundo, ele só quer saber porque eles são diferentes.

A maldade e o preconceito são desenvolvidos ao longo do tempo. Por isso, é fundamental que nós, nos papéis de pais, mães, padrinhos e madrinhas, ensinemos a elas o respeito às diferenças. E o diálogo precisa ser aberto. Se eu chamo minha sobrinha para conversar sobre isso, ela entende que é um assunto comum. Que é normal ser diferente. Que ninguém é igual a ninguém, mas todos nós merecemos respeito. 

E a cada episódio novo, precisamos reforçar a mesma ideia. Veja o sul do Brasil como exemplo. Boa parte das crianças que estudam em escolas particulares é branca. Quando entra um coleguinha negro na turma, é normal que as crianças perguntem porque ele possui uma cor de pele diferente. Cabe a nós dizer que existem várias cores e tons de pele, que variam conforme nossas origens familiares, e que essa diferença é normal. 

Dependendo do entendimento da criança e de sua idade, ainda é possível abordar um tema mais profundo, que é a desigualdade social e o motivo pelo qual poucas crianças negras estão em espaços privilegiados, como o ensino privado. Falar sobre igualdade e diferença de classes sociais também é muito importante ao falar de inclusão.

Resumindo, meus amigos, nossas crianças notam quando existe um colega diferente, qualquer que seja essa diferença. Mas elas não trazem consigo o preconceito. Ele é criado na sociedade. Se nós ainda “torcemos o nariz” para algumas pessoas diferentes, nossas crianças ignoram isso e tratam todos da mesma forma. No caso de a integração não ser natural, nosso papel educativo aparece com mais evidência. Basta conversar com o filho, dizer que as diferenças existem e que elas são naturais. Focar nas semelhanças é uma boa forma de abordar o tema também.

Ao falar de inclusão com as crianças, tentamos criá-las dentro da empatia, da bondade e da solidariedade. Mas, no final das contas, quem aprende somos nós, não acha?

 

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